O rácio de Solvência por definição é o indíce que mede a capacidade de uma empresa para fazer face às suas obrigações de pagamento incluíndo aquelas de longo prazo.
Como se calcula o rácio de solvencia?
No nosso dia a dia também se examina o nosso rácio de solvencia pessoal, sendo o indicador que as entidades financeiras tem em conta antes da conceção de crédito.
A fórmula básica é a seguinte:
Donde o ativo seriam os benns e direitos e o passivo as dívidas e obrigações , o que é o mesmo, o ativo representa os recursos e o passivo os compromissos.
O resultado nos mostraria quantos euros tem a empresa para fazer face a cada euros de dívida
Um rácio = 2 nos indica que temos dois euros por cada euro de dívida.
Exemplo de Cálculo:
A empresa X tem o seguinte Balanço de Situação:
Se aplicarmos a fórmula para establecer o Rácio de Solvência teríamos:
Rs= 9.100 / 5.900 = 1,54
Como se calcula a Solvência nas Entidadades Seguradoras?
A dificuldade do cálculo da dolvência para as Entidades Seguradoras situa-se em que num proceso produtivo normal geram-se custos e logo se coloca um preço de venda, no setor segurador primeiro o preço de venda (premio) e só depois os custos. Os economistas chamam-lhe “ciclo de produção invertido”.
O Segurador cobra o premio para fazer face ao gasto futuro como pode ser o pagamento de uma garantía de um Seguro de Vida, O pagamento de um capital de reforma ou qualquer outra garantia dada.
O Segurado paga o premio para cobrir uma ou várias contigência futuras, das que sabemos ou não na data em que se produzirão.
No caso do Seguro de Poupança terá um vencimento certo, mas haberá que ter em conta os adiantamentos ou resgates e se se complementa com um seguro de vida ou invalidez é possível que etas contingencias se produzam em qualquer momento antes do vencimento.
O Segurado tem direito a ter a garantía quer o Segurador tem condição de fazer face às suas obrigações contratadas, sejam quais sejam, durante toda a duração da sua apólice.
Essa garantia é a Solvência.
A legislação obriga as seguradoras a constituirem uma margen de solvencia que responda a todas as suas obrigações e também aos imprevistos.
Solvência II e as madidas transitórias de provisões técnicas
Solvência II é o sistema de cálculo da solvencia da Seguradora, em vigor desde 2016 e que obriga todas as entidades seguradoras da União Europeia a calcular a sua saúde financeira sob os mesmos parámetros.
Segundo a AFI, depois de analizar 18 entidades que concentram 67% do setor (negócio doméstico), a medida da margen de solvencia (SCR) no setor situou-se, no final de 2018, em 241.
Todavia a margem de 241% levando em conta as chamadas “medidas transitorias de provisões técnicas”desenhadas para facilitar as entidades a adaptar-se ao aumento progressivo das maiores exigencias de capital que se impõe desde a entrada em vigor Da Solvência II, em 2016. Seme las o rácio SCR médio das 18 entidades estudadas diminuiria 22 pontos percentuais até aos 219% (mediana 197%).
Além desta medida transitória, existem outras medidas especiais e mitigadoras, como são a possibilidade de elaborar um modelo interno total ou parcial ou de aplicar “medidas de garanta a longo prazo“ mitigadoras como son la posibilidad de elaborar un modelo interno total o parcial o de aplicar “medidas de garantías a largo plazo”.
Dados de todas as entidades que operam em Espanha
A medida transitória de provisões acorre em Espanha, segundo os dados do informe sobre las medidas relativas a los productos con garantías a largo plazo publicado por Eiopa en Diciembre de 2018,23 entidades. Segundo o mesmo informe aplicam em Espanha medidas de garantía a longo prazo 15 entidades , das quais 10 aplicam também as medidas transitórias de provisões (são ambas compatíveis).
A percentagem média de fundos próprios sobre o SCR do mercado español situava-se (a 31/12/217) em 236%. Se não em conta a correção transitória das provisões, o rácio de solvencia do seguro español reducir-se-ia em 18%. Porém, se o que temos em conta são os resultados no conjunto do setor e nao apenas daquelas entidades espanholas que aplicaram esta medida, o rácio deste grupo de companhias reducir-se-ia de 262% a 191%. Igualmente, se apenas tivessemos em conta as entidades que aplicam medidas e garantía a longo prazo, a eliminação destas suporia que o seu rácio de solvencia reduzia-se 79% passaria de 249% a 170%.
España, S.A.Compañía Nacional de Seguros, pode regogizar-se de incrementar ano após ano a sua margem de solvência sem se socorrer da possibilidade de elaborar um modelo interno nem da aplicação de medidas transitórias ou ajustes mitigadores sendo líder por ese motivo, entre as compnhias de seguro de vida.
Podes descaregar o relatório completo sobre a situacão financeira e de solvência aqui.
