Em Portugal, a pensão pública é a principal fonte de rendimento para a maioria dos reformados. No entanto, com o aumento do custo de vida e da esperança média de vida, levanta-se a questão: será essa pensão suficiente para viver com dignidade e tranquilidade?

 

 

Qual é a pensão média de reforma em Portugal?

 

Segundo dados de junho de 2025, a pensão média de reforma em Portugal ronda os 690 € mensais. Este valor evidencia a necessidade de rendimentos complementares para manter um nível de vida adequado. Além disso, o Parlamento português aprovou um aumento adicional de 1,25% para pensões inferiores a 1.527 € mensais em 2025.

 

 

Um orçamento realista para um reformado em Portugal

Exemplo de orçamento mensal estimado para uma pessoa reformada a viver sozinha numa cidade portuguesa:

 

Despesa mensal Estimativa (€)
Habitação (renda, condomínio, etc.) 500 – 800
Alimentação e supermercado 250 – 300
Utilidades (eletricidade, água, gás, internet) 100 – 150
Saúde (copagamentos, seguro, dentista, etc.) 50 – 100
Transporte público / combustível 40 – 60
Lazer, cultura, imprevistos 100 – 150
Total aproximado 1.140 – 1.560 €

 

Estes valores podem variar consoante a cidade e o estilo de vida, mas representam uma estimativa realista do custo de vida para um reformado em Portugal.

 

 

O que é necessário para aceder a 100% da pensão em Portugal em 2025?

Para receber 100% da pensão pública em 2025, é necessário cumprir os seguintes requisitos:

  • Idade legal de reforma: 66 anos e 7 meses (fonte oficial).
  • Anos de contribuições exigidos: 40 anos.
  • Redução da idade por carreira longa: Por cada ano adicional de contribuições acima dos 40, a idade de reforma pode ser reduzida em 4 meses, até ao limite mínimo de 60 anos.
  • Penalização por reforma antecipada sem carreira longa: Aplicação do fator de sustentabilidade (mais informação aqui).

 

Pode também utilizar o simulador oficial da pensão de velhice para estimar o valor da sua futura pensão.

 

 

Qual é a solução? Complementar, prever e planear

A pensão pública cobre o essencial, mas não assegura um estilo de vida desafogado e estável a longo prazo. As alternativas são claras:

 

  • Complementar com poupança individual: Produtos como seguros de poupança ou planos de pensões permitem constituir um fundo complementar à pensão pública.
  • Estruturar os rendimentos através de rendas: Receber o capital acumulado sob a forma de uma renda mensal complementar pode garantir estabilidade e controlo financeiro.
    Veja também: O que é um PPR e como escolher o mais adequado
  • Planear com antecedência: Quanto mais cedo se começar, menor o esforço necessário. A chave está em tirar partido do juro composto e contar com aconselhamento especializado
    (conselhos em Todos Contam).

 

 

 

Qual é a solução? Complementar, prever e planear

 

Sim, é possível viver com a pensão pública, mas implica chegar a essa fase da vida sem dívidas nem encargos familiares, ajustar o estilo de vida, minimizar riscos e evitar grandes imprevistos, como um agravamento significativo do estado de saúde.

Para alcançar liberdade, autonomia e tranquilidade, a maioria das pessoas terá de complementar essa pensão com um plano de previdência adequado. Quanto mais cedo começar, mais fácil e eficaz será construir esse colchão de segurança.