Planear a reforma é uma das decisões financeiras mais importantes da vida. No entanto, muitas pessoas em Espanha cometem erros que podem comprometer seriamente a sua qualidade de vida futura. Desde confiar exclusivamente na pensão pública até ignorar o impacto da inflação ou da longevidade, estes equívocos são mais comuns do que parecem.
Neste artigo, analisamos os 5 erros mais frequentes ao planear a reforma e como antecipar-se a eles para garantir um futuro mais estável e sustentável.
1. Confiar apenas na pensão pública
Um dos erros mais recorrentes é assumir que a pensão pública cobrirá todas as necessidades após a reforma. No entanto, a pensão média do sistema espanhol situou-se em 1.308,2 euros mensais em março de 2025, sendo a de reforma de 1.502,2 €/mês — um valor que, em muitos casos, não é suficiente para manter o mesmo nível de vida.
Adicionalmente, é importante notar que as pensões em Espanha são das mais generosas da Europa em relação ao salário auferido em atividade, o que representa uma carga financeira elevada e crescente para o sistema público. Com o aumento da proporção de reformados em relação aos trabalhadores no ativo, é expectável que o sistema continue a ser alvo de reformas com o objetivo de garantir a sua sustentabilidade.
Como evitar: Complemente a pensão pública com produtos de poupança a longo prazo, como um Seguro Integral de Pensões, Planos de Poupança Reforma (PPR) ou soluções com contribuições periódicas. Quanto mais cedo começar, menor será o esforço necessário para atingir os seus objetivos.
2. Subestimar a esperança média de vida (e sobretudo a longevidade)
Espanha é um dos países com maior esperança média de vida do mundo. Segundo dados do INE, uma pessoa que atinja os 65 anos poderá viver, em média, mais 18,06 anos se for homem e 22,96 anos se for mulher.
Isto significa que uma parte significativa da população poderá necessitar de rendimentos complementares durante, pelo menos, duas décadas após a reforma.
Como evitar: Estruture o seu plano de reforma com soluções que ofereçam flexibilidade no acesso ao capital acumulado, seja através de pagamentos programados ou de uma renda complementar à pensão pública. Esta abordagem permite organizar os rendimentos a longo prazo de forma eficaz e ajustada ao seu estilo de vida.
3. Ignorar a inflação e a perda de poder de compra
A inflação é um fator silencioso mas determinante. Mil euros hoje não terão o mesmo valor dentro de 15 anos. Se não for tida em conta, a planificação pode tornar-se rapidamente obsoleta.
Como evitar: Aproveite o poder dos juros compostos começando a poupar o quanto antes. Na España S.A., disponibilizamos soluções que permitem atualizar a sua apólice com base no IPC, mantendo as condições iniciais do contrato. Isto ajuda a proteger a sua poupança da erosão causada pela inflação e a preservar o seu valor real ao longo do tempo.
4. Adiar o início da poupança
Começar tarde é outro erro frequente. Muitas pessoas só iniciam a sua planificação por volta dos 50 anos, altura em que é mais difícil acumular o suficiente sem um esforço económico significativo.
Como evitar: Comece o mais cedo possível, mesmo com contribuições modestas. Por exemplo, poupar 100 € por mês a partir dos 30 anos é mais eficiente do que começar aos 50 com 300 € mensais. O tempo é o seu maior aliado.
Este ponto ganha ainda mais importância considerando a elevada esperança de vida em Espanha: viver mais tempo exige uma maior preparação financeira — e isso só se consegue com antecipação.
5. Não ter uma estratégia personalizada
Cada perfil profissional e pessoal exige uma planificação distinta: não é o mesmo ser trabalhador por conta de outrem, independente, funcionário público ou empresário. Aplicar um modelo genérico pode levar a decisões ineficazes.
Como evitar: Consulte um especialista que o ajude a desenhar uma estratégia de reforma ajustada ao seu perfil. Um bom aconselhamento terá também em conta o regime fiscal mais vantajoso para os seus objetivos, otimizando o rendimento da sua poupança.
A REFORMA É UMA ETAPA QUE MERECE SER VIVIDA COM TRANQUILIDADE E SEGURANÇA FINANCEIRA. EVITAR ERROS COMO CONFIAR EXCLUSIVAMENTE NA PENSÃO PÚBLICA, IGNORAR A LONGEVIDADE OU DESCONSIDERAR A INFLAÇÃO SÃO FATORES DETERMINANTES PARA O SUCESSO DO SEU PLANO.
UMA BOA PLANIFICAÇÃO NÃO SE IMPROVISA: CONSTRÓI-SE COM TEMPO, VISÃO DE FUTURO E APOIO ESPECIALIZADO.