A magia da poupança a longo prazo existe e é muito fácil pô-la em marcha, começar a poupar o quanto antes e realizar entregas periódicas são os elementos chave para tal.

Esclareçamos em, primeiro os conceitos de juro simples e de juro composto.

O juro simples é aquele que se obtém no vencimento de cada período e não se adiciona ao existente para gerar novo juro, isto é, os juros que se geram ao longo do processo não entram no jogo para gerar novos juros. È habitual nos depósitos e gera a progressão aritmética.

O juro composto é aquele em que o dinheiro que poupamos gera juro que se acumulam ao principal para gerar novo juro no futuro. A soma de cada poupança anual mais os juros gerados para gera um maior juro nos anos seguintes e isto ocorre em cada ano. È habitual nos seguros de poupança e gera a chamada progressão geométrica.

Apliquemos estes conceitos a um exemplo prático

Maria tem 28 anos, tem dois anos desde que ingressou no mundo laboral e depois de se informar amplamente, decide começar a poupar para a reforma, contratando um seguro de poupança. A sua entrega inicial é de 10% do seu salário, percentagem que decide conjuntamente com o seu Assessor, depois de realizar uma análise exaustiva das suas necessidades.

O seu prémio anual ascenderá a 1.800€ e completa 20 anos de poupança, não disporá da poupança e mantem assim até aos 67 anos. Com  o total de prémios a ascenderem a 36.000€ (1800×20).

Marcos com 41 anos planeia começar a sua poupança, também ele, à semelhança de Maria, tem claro que necessita de complementar a sua reforma e decide contratar um seguro de poupança pagando esses mesmos 1800€ anuais. Chega aos 67 anos, tendo aportado, durante 26 anos um total de 46.800€ (1800×26).

Quem crês que obterá mais capital garantido se ambos tem a mesma rentabilidade anual 2%?

Tanto Maria como Marcos aportam 150€ mensais para o seu seguro de reforma com um juro garantido de 2%, Marcos pagou mais 10.800€ que Maria e começou a poupar muito mais tarde.

Assim se comportará o juro composto para “premiar” o tempo durante o qual se poupa e não a quantidade de dinheiro aportado.

Comença a sua poupança aos 28 anos

Poupe para a sua reforma durante 20 anos

Entregas totais                      36.000,00 €

Capital final garantido       64.988,30 €

Beneficio s/total entregue  81%

Comença a sua poupança aos 41 anos

Poupe para a sua reforma durante 26 anos

Entregas totais                 46.800,00 €

Capital final garantido  61.819,78 €

Beneficio s/total entregue   32%

A regra de 72 vai ajudar a calcular em quanto tempo se duplica o seu dinheiro.

A regra de 72 indica que o Seu dinheiro se duplicará no número de anos resultante de dividir 72 pela taxa de juro atribuída

Nº Anos = 72/% juro

Assim com um juro de 2%, se necessitam de 72/2 ou seja 36 anos; com um interesse de 3% se necessita de 24 anos, com um juro de 4% bastam 18 anos e assim sucessivamente. Isto demonstra que o efeito do juro composto, com o tempo suficiente, pode ser importante para acumular uma boa poupança para encarar a reforma.

Quando é o momento para começar a poupar?

Agora! Os “millennials” são a primeira geração em muitas coisas, também devem sê-lo para poupar e ter liberdade financeira a curto e médio prazos igual ao que fazem o resto dos jovens da União Europeia.

Adiar a contratação de um produto que nos assegure a nossa qualidade de vida no momento da reforma é um erro que pagamos muito caro, precisamente  porque desaproveitamos a “magia” do juro composto que sempre joga a nosso favor. O esforço de poupança sofre um incremento considerável com o passar dos anos, não obstante as dúvidas sobre se podemos manter as entregas no futuro, fazem com que optemos pelo caminho fácil e deixamos para mais tarde uma decisão da qual dependerá uma boa parte do desfrute de uma cómoda velhice.

No exemplo que acabamos de ver, Maria interrompe as suas entregas e não obstante a vantagem de uma contratação atempada gera um rendimento importante, é nesse caminho que temos estado a trabalhar para oferecer aos nossos segurados a opção de pagamento limitado de forma a que possamos estabelecer e quantificar, no momento da contratação, a duração das entregas, conseguindo uma poupança à medida que continua a gerar uma importante rentabilidade até à idade de reforma , ainda que sem fazer entregas a partir da anuidade pactuada.